sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A menina nefelibata.

E tudo que ela precisava em uma noite como aquela, era alguma companhia. Não necessariamente a companhia dele, pois ela só convivera com ele em sonhos inacabados, em pensamentos distantes. Não! Ela precisava de algo concreto, palpável, que suprisse a carência acumulada em anos de devaneios platônicos. E então, porque ela não se esforçava pra fixar os pés no chão? Porque tinha tanta certeza que um dia sua louca utopia com o suposto e nem tão clichê 'príncipe encantado' se realizaria? Ninguém sabia e nem entendia, sempre a taxando de louca, de fria. Jamais compreenderam sua essência nefelibata. Porém, naquela noite quente de inverno ela queria realidade. Por alguma ousadia, o destino não concedeu seu desejo. E até hoje, ouve-se rumores que ela vaga pelas nuvens, dançando com anjos e vivendo na continua jornada de suas insanas realizações utópicas.